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O que é a estenose da coluna lombar e como ela surge?

Estenose lombar é um estreitamento ou diminuição do canal vertebral, que é por onde passam os nervos na coluna lombar. Existe a forma congênita, quando o indivíduo já nasce com o canal vertebral estreito, porém a forma mais comum é a forma adquirida degenerativa. E como ela surge? Todos nós passamos por um processo de degeneração da coluna vertebral, que se inicia bem cedo, lá pelos 20 a 30 anos de idade, e algumas pessoas passam por este processo de forma mais intensa do que outras. Podemos pensar no disco intervertebral como um amortecedor e quando ele degenera ele sofre abaulamento e perde altura. Então os ligamentos e as articulações da coluna são sobrecarregados e o organismo reage a esta mudança provocando um aumento exagerado destas estruturas. Então o abaulamento do disco associado a hipertrofia dos ligamentos e das articulações acabam diminuindo o espaço do canal vertebral por onde passam os nervos.

Esta condição é bem frequente, acometendo até 6 de cada 100 indivíduos adultos. Porém ela é mais comum em mulheres e pessoas com cor da pele negra e é incomum antes dos 50 anos. Ou seja, é uma patologia da terceira idade. Existem alguns fatores que predispõem o seu aparecimento, como tabagismo e atividades intensas que envolvam vibração ou rotação do tronco, mas os estudos mostram que o principal fator é mesmo genético.

Sintomas-O paciente apresenta normalmente uma história arrastada de dor na região lombar que irradia para as pernas, associado a dormência ou formigamento e que piora com o passar dos anos. Mas o interessante é que essa dor piora quando ele fica muito tempo em pé ou anda por alguns minutos. Isso porque nestas situações o espaço para os nervos diminui ainda mais. Chamamos isso de claudicação neurogênica. Então o paciente procura se sentar para aliviar os sintomas, antes de retomar a caminhada, ou então ele anda com o tronco inclinado para frente, pois nessa posição o espaço para os nervos aumenta.

O diagnóstico é feito colhendo uma história detalhada e realizando um exame físico bem feito. Isso norteia o médico para solicitação dos exames complementares. Neste caso os exames mais importantes são a radiografia (para identificar artrose, escoliose e instabilidade associados) e a ressonância magnética, que mostra com detalhes os níveis comprometidos e quais os nervos que estão mais apertados andar até curtas distâncias. Mas é muito raro chegar ao ponto de ficar sem andar.

Como é feito o tratamento para estenose lombar?

O tratamento conservador é indicado em todos os pacientes com estenose lombar. Inicialmente orientamos repouso, evitar atividades que piorem a dor como andar longas distâncias ou pegar peso, e prescrevemos medicações via oral. O paciente então inicia fisioterapia com medidas analgésicas, ou seja, voltada para diminuição da dor, e depois passa para uma trabalho de alongamento, fortalecimento muscular e educação postural. Podem ser utilizados também procedimentos como infiltrações foraminais, que são injeções de corticóide e anestésico ao redor no nervo apertado. Quando o paciente apresentar uma melhora da dor passamos para um programa de atividade física leve a moderada, regular e contínua para manutenção da reabilitação. A resposta a este tratamento varia muito de um paciente para outro, podendo levar algumas semanas a meses e quando ele não apresentar melhora com o tratamento conservador, está indicado o tratamento cirúrgico.

Como é feita a cirurgia para a estenose lombar?

O objetivo da cirurgia é descomprimir os nervos que estão apertados. Normalmente é necessário realizar também a artrodese, que é a fusão entre as vértebras, devido a instabilidade. Existem várias formas para se fazer isso, desde a técnica convencional aberta até as técnicas mais modernas minimamente invasivas, que preservam a musculatura, provocam menos dor no pós operatório, tendo uma reabilitação mais rápida. Essa é a técnica preferida por mim e por minha equipe.

Dr.Tiago Argolo Bittencourt de Oliveira

Especialista em Coluna

CRM-BA 20.552

 

 

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Tratamento conservador da osteoartrose do joelho: viscosuplementação

Vinícius Aleluia CRM-BA: 19836, Roberto Aleluia CRM-BA: 5296, Hélio Roberto O. Santos CRM-BA: 4106 | (Grupo de Cirurgia do Joelho – ACIJ)

A osteoartrose é considerada a forma mais comum de doença articular e é uma das principais causas de redução da qualidade de vida de pessoas com idade superior a 50 anos. Estima-se que 75% dos indivíduos com idade acima de 65 anos apresentem osteoartrose em uma ou mais articulações. O custo para o tratamento desta patologia tem crescido anualmente. Isto se deve, principalmente, a uma maior expectativa de vida da população e a um crescente número de casos de doenças degenerativas articulares. No Brasil, uma projeção do IBJE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) indica que em 2050 a parcela de pessoas com idade superior a 65 anos aumentará de 5% para 18%.

Esta patologia possui um caráter inflamatório que leva à degeneração e destruição da cartilagem articular e de todos os componentes da articulação, assim como provoca deformidades. Tem um forte componente genético e, em grande parte das vezes, tem a sobrecarga mecânica como iniciadora do processo de degradação da cartilagem articular. Trata-se de uma doença lenta, porém progressiva e incapacitante.  O paciente se queixa de dor, edema (“inchaço”) e creptação (“estalidos”) no joelho, dificuldade para se locomover e, principalmente, para subir e descer escadas. Em geral o paciente também relata uma piora da qualidade de vida em virtude da limitação funcional que a doença proporciona.

A osteoartrose é uma doença que não tem cura. Existem diversas modalidades de tratamento que visam, em grande parte, retardar a evolução da patologia, reduzir os seus sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente. Em geral, a única maneira de tratar definitivamente a doença é através de abordagem cirúrgica. Os tipos de terapia variam desde simples modificações nos hábitos de vida a cirurgias como a artroplastia (prótese) total de joelho. O que vai determinar a opção por determinado tipo de tratamento é um conjunto de fatores que incluem: idade do paciente, intensidade dos seus sintomas e estágio que se encontra a doença. O tratamento não cirúrgico, também conhecido como tratamento conservador, geralmente é a opção para pacientes com idade inferior a 55-60 anos, com pouca ou nenhuma deformidade nos joelhos, sintomas leves a moderados e com doença em estágios iniciais.

As opções de tratamento conservador incluem medidas não farmacológicas: perda de peso, fisioterapia, atividades e esportes que determinem menor impacto nos joelhos, porém proporcionem fortalecimento muscular, em especial da musculatura da coxa (bicicleta, pilates, natação, hidroterapia, hidroginástica, dentre outras). Existem também as opções de terapia alternativa como: homeopatia, acupuntura e medicamentos fitoterápicos. Outra opção é o uso de medicações orais: analgésicos, aintiinflamatórios não hormonais, corticoides, medicações condroprotetoras (sulfato de condroitina e glicosamina), extrato insaponificável de soja e de abacate e diacereína.

Outra modalidade de tratamento conservador consiste nas injeções intra-articulares que podem ser à base de corticoides ou de ácido hialurônico (viscosuplementação), sendo esta última uma modalidade relativamente nova para o tratamento da osteoartrose. O uso intra-articular de corticoides é uma terapêutica que tem o principal benefício associado a um alívio imediato da dor e da inflamação causada pela artrose, destacando-se uma ação de até quatro semanas após sua aplicação. Há, no entanto, uma preocupação em relação à toxicidade dos corticoides para com os condrócticos (células da cartilagem), porém existem evidencias de segurança suficiente para o seu uso.

A viscosuplementação consiste na injeção intra-articular de ácido hialurônico. Está indicada para tratamento da ostaoartrose, melhora da função e regeneração da cartilagem articular e após artroscopia do joelho. Tem o objetivo de restaurar as propiedades do líquido sinovial (líquido normalmente presente nas articulações do corpo humano) objetivando-se melhora dos efeitos mecânicos, melhora da dor e buscando-se efeito anti-inflamatório e de proteção da cartilagem articular. Mecanicamente, o ácido hialurônico atua melhorando a distribuição de forças e diminuindo a pressão na articulação do joelho. Sua presença estimula maior produção de ácido hialurônico pelas sinoviócitos (células presentes nas articulações). Também atua bioquimicamente, diminuindo os impulsos nervosos e a sensibilidade nas terminações nervosas, o que teoricamente implica em melhora da dor do paciente.

A aplicação articular pode ser de três ampolas simultâneas em cada joelho ou de uma ampola por joelho, por semana a depender do tipo de ácido hialurônico que esteja sendo utilizado. Estudos mostram que os benefícios da viscosuplementação se iniciam a partir da 4-5 semanas após a infiltração e podem perdurar por seis meses e até um ano após a aplicação. Sabe-se que os pacientes que mais se beneficiarão desta modalidade terapêutica são aqueles com doença em estágio inicial. Efeitos adversos podem acontecer em 4,2 % dos pacientes, os quais podem apresentar inchaço, dor, calor e vermelhidão local. Estas manifestações podem ser resolvidas com repouso, gelo, elevação do membro e uso de anti-inflamatórios.

Estudos observaram efeito estrutural benéfico da viscosuplementação e biópsias realizadas seis meses após a injeção articular do ácido hialurônico mostraram reconstituição da camada superficial da cartilagem articular. Foi observada também diminuição da perda de espaço articular um ano após o procedimento. Economicamente, estudos têm demonstrado que, quando adicionada ao tratamento da osteoartrose dos joelhos, a viscosuplementação apresenta boa relação de custo e efetividade, sendo inclusive capaz de retardar a necessidade de uma cirurgia de prótese total de joelho.

O paciente deve ser parceiro do médico e deve entender as características da doença e a importância da adesão ao tratamento. A patologia não tem cura, mas pode ser controlada com o uso de medicações, atividades físicas, fisioterapia e perda de peso. A viscosuplementação é uma opção custoefetiva que pode melhorar os resultados do tratamento da osteoartrose, além de ser um procedimento ambulatorial, de baixa complexidade e que apresenta baixos riscos.

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Entenda a lesão de menisco

A lesão do menisco ocorre geralmente durante a prática de esporte após movimentos específicos de giro e torção do joelho. Frequentemente, atletas que tiveram lesões do ligamento cruzado anterior (LCA) também apresentam lesões dos meniscos associadas.

A lesão também pode ocorrer durante movimentos simples como agachar ou levantar de uma cadeira. Nestes casos, o menisco já apresenta uma lesão degenerativa assintomática prévia e um simples gesto é suficiente para completar a lesão.

Quando o menisco é lesionado, parte da função dele fica comprometida e o joelho acaba sofrendo mais carga do que o normal. Estudos recentes mostram o acompanhamento a longo prazo dos pacientes que tiveram o menisco retirado. Estes pacientes apresentam maior desgaste da cartilagem do joelho e artrose do que as pessoas sem lesão do menisco. Por esse motivo, esforços maiores atualmente em preservar o menisco estão sendo feitos.

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O que é a Cartilagem?

A cartilagem normal do joelho é um tecido de 2 a 5 mm de espessura que recobre os ossos que formam o joelho (fêmur, tíbia e patela). A principal função desse tecido consiste em amortecer as forças atuantes no joelho e também de diminuir o atrito entre os ossos do joelho.

A cartilagem é pobre em vasos sanguíneos e as suas células (condrócitos) tem baixa capacidade de duplicação. Isso faz com que as lesões da cartilagem tenham baixo potencial de regeneração espontânea.

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